Friday, October 21, 2005

caminhos desencontrados

segues um caminho diferente
evitas encontros nos cruzamentos
retrais-te quando existe frente a frente
tens mudanças de comportamento
de um minuto para o outro
provocas um mal estar, sentimentos revoltosos
num momento sorrio para ti
em seguida fujo para chorar, chorar uma revolta
gritar um desespero, porque anseio em te ver
por um carinho apenas, por um olhar nos olhos
como em tempos tivemos, sem precisar falar,
procuras-me quando não estou, tornou-se um habito
habito que vai acabar porque me quero afastar
estou farta de remoer, farta de sofrer
apenas queria a amizade que já tivemos um dia
um entendimento giro, uma parceria engraçada
que até isso evitas, pões-me distante de ti
mas logo depois andas à volta, provocas e foges
é sempre assim prá frente, pra trás... avança recua
e por isso isolo-me no meu canto, sou bruta para quem
me quer, distancio-me de sentimentos sem futuro nenhum
tudo isto porque neste momento és tu quem tenho
em pensamento, és tu quem me ocupa o tempo livre,
é por ti que sofro silenciosamente, abrindo apenas o coração
para as folhas de papel em branco, porque não sei quem me rodeia
não sei em quem pensar, nem em quem posso confiar
e estas folhas não me traem, não contam a ninguém
não falam demais quando não devem, apenas me escutam
e me deixam expressae os sentimentos, pensamentos e revoltas
profundas que querem desabar mas que vou conseguindo acalmar
quando me sinto a estoirar.

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